História da Rua da Judiaria

A “Judiaria” -a rua judaica de Lisboa- é o último local judaico da Idade Média em Lisboa. Depois que o reino português retomou Lisboa em 1147, foram estabelecidos bairros para judeus e muçulmanos. Entre 1147 e 1498 existiam quatro judiarias, a judiaria da Pedreira, a judiaria Pequena, a judiaria Grande e a judiaria de Alfama. A judiaria de Alfama foi a última judiaria a ser construída em Lisboa, por volta de 1373-1374.

A Judiaria de Alfama foi residência e local de trabalho de muitos judeus, o local mesmo com muitas controvérsias também albergou uma sinagoga. Após a expulsão dos judeus e a conversão forçada ao cristianismo dos que ficaram em Portugal, estes bairros começaram a perder as suas características. As sinagogas foram convertidas em igrejas, as casas judaicas foram cedidas à Igreja e aos nobres. E assim, com o tempo, a forma das ruas e seus nomes foram modificados. No caso de Lisboa, o fator que mais influenciou a destruição das judiarias foi o terremoto de 1755. Durante a reconstrução da cidade após o terremoto, as judiarias foram completamente modificadas para abrir ruas mais largas e construir-se edifícios maiores. O único local histórico medieval sobrevivente foi a Rua da Judiaria, em Alfama. Os outros sítios históricos são dos séculos XIX e XX; sendo que muitos deles não sobreviveram o tempo devido à falta de sensibilidade histórica.

Direito de todas as imagens deste acervo – Arquivo Municipal de Lisboa – Fotográfico

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